terça-feira, 20 de dezembro de 2016


A quem veneras nesse canto escuro e solitário de um templo de portas fechadas? Abre os olhos e verifica que não está diante de ti o teu Deus! Ele está é onde o camponês lavra a terra e o trabalhador braçal quebra pedras para abrir novas estradas. Está com eles sob o sol e a chuva e as suas vestes estão cobertas de pó - Tagore

"Todos nós somos potenciais activistas. Podemos mostrar ao mundo que uma vida boa pode ser vivida sem subjugação, exploração ou dominação dos outros, ou dos recursos naturais. Podemos demonstrar que uma vida simples, saudável e equitativa pode ser alegre e boa. Podemos mostrar que a felicidade não flui dos bens materiais ou do valor que possuímos nas nossas contas bancárias, pelo contrário, a felicidade brota da nossa qualidade de vida e do tipo de relação que temos com a nossa família, comunidade e com o mundo. Nós não temos que esperar por um messias. A verdadeira liderança não vai sair do Parlamento ou do palácio presidencial. (...) O verdadeiro activismo é agir com integridade e sem medo. O activismo é um chamamento interior. É uma viagem. A jornada de transformação da subjugação em libertação, da falsidade em verdade, do controlo em participação e da ganância em gratidão." (Satish Kumar, Small World, Big Ideas)

"Temos de perceber que a violência não se limita à violência física. O medo é violência, a exploração dos outros, por mais subtil que seja, é violência, a segregação é violência, pensar mal dos outros e condenar os outros é violência. Para que possamos reduzir os actos individuais de violência física temos que trabalhar para eliminar a violência a todos os níveis: mental, verbal, pessoal e social. (…)" - Satish Kumar, The Buddha and the Terrorist

Se o movimento verde pretende ser radical e eficaz e quer abraçar o novo paradigma do futuro, então o nosso trabalho tem que se basear na harmonia e plenitude, incorporando o bem-estar espiritual, a criação artística, a coesão social e a reverência por toda a vida. Através das palavras, cores ou imagens, música, poesia, movimento e histórias nós comunicamos e expressamos a nossa experiência da harmonia universal. E através da reverência e da contenção, da simplicidade e frugalidade, reflexão e meditação, síntese e espiritualidade, diálogo e filosofia aprendemos a viver em harmonia com o universo e connosco próprios. (Satish Kumar)

Se queremos abraçar o novo paradigma do futuro, o nosso trabalho tem que se basear na harmonia e plenitude, incorporando o bem-estar espiritual, a criação artística, a coesão social e a reverência por toda a vida. Através das palavras, cores ou imagens, música, poesia, movimento e histórias nós comunicamos e expressamos a nossa experiência da harmonia universal. E através da reverência e da contenção, da simplicidade e frugalidade, reflexão e meditação, síntese e espiritualidade, diálogo e filosofia aprendemos a viver em harmonia com o universo e connosco próprios. (Satish Kumar)

A humanidade ainda está em construção. A vida, tal como a conhecemos, é apenas a matéria-prima para a vida como ela pode ser. Estão ao alcance da nossa espécie uma plenitude e uma liberdade até aqui inéditas. Basta unirmo-nos como seres humanos e avançar, com uma meta elevada e uma decisão estável. (S. Radhakrishnan)

Meditação é ver (…) as nossas emoções e pensamentos como são agora, neste exacto momento. Não tem a ver com tentar fazer algo ir embora, nem tentar tornar-se melhor do que se é, mas ver claramente, com precisão e gentileza.
(…) Se você tem um temperamento ruim e sente que agride a si mesmo e aos outros, você pode pensar que ao sentar-se em meditação por uma semana ou um mês fará o seu temperamento ruim acabar - que você será aquela pessoa doce que sempre quis ser, que nunca mais uma palavra dura irá sair dos seus lábios de lírio branco. O problema é que o desejo de mudar é, fundamentalmente, uma forma de agressão contra si mesmo. Outro problema é que os nossos curtos-circuitos, felizmente ou infelizmente, contêm a nossa riqueza.
(…) Alguém que é muito agressivo também tem muita energia; aquela energia é o que enriquece. É a razão pela qual as pessoas amam aquela pessoa. O objectivo não é tentar livrar- se da sua raiva, mas fazer as pazes com ela, ver claramente, com precisão e honestidade, e também com gentileza. Isso significa não se julgar a você mesmo como uma pessoa má, mas também não pensar sempre “É bom que eu esteja com raiva deles”. A gentileza envolve não reprimir a raiva, mas também não pactuar com ela. É algo muito mais sutil e mais coração aberto do que isso. Envolve aprender como, assim que você perceber totalmente o sentimento de raiva e o conhecimento de quem você é e do que faz, soltar e deixar ir. Você pode se soltar da rotineira historinha ridícula que acompanha a raiva e começar a ver claramente como você mantém a coisa toda acontecendo. Por isso, seja raiva ou desejo ou ciúme ou medo ou depressão – o que quer que seja – a ideia não é tentar livrar-se disso, mas fazer amizade com isso. Significa conhecer isso completamente, com um tipo de suavidade, e aprender como, uma vez que experimentou isso inteiramente, deixar ir. (Pema Chödrön, em “The Wisdom of no Escape and The Path to Loving-Kindness”, 1991, págs. 18 e 19)

O universo inteiro está contido em si. Tudo o que você vê ao seu redor, incluindo as coisas das quais você não gosta, e mesmo as pessoas que você despreza ou abomina, estão presentes dentro de si, em graus variados. Portanto, não procure, também, por Satã fora de si. O Demónio não é uma força extraordinária, que ataca de fora. É uma voz comum, dentro. Se você se conhecer, completamente, a si mesmo, encarando com honestidade e firmeza os seus lados sombrio e claro, você chegará a uma forma suprema de consciência. Quando alguém se conhece a si próprio conhece a Deus. (Elif Shafak, 18ª Lei de As 40 Leis do Amor: Um Romance de Rumi)



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